São dois, um de cada lado.
Não os vejo. Sinto-os.
Aumentam e diminuem,
Doem um de cada vez.
Um não é bom sinal, o outro é alerta.
Um tem diagnóstico, o outro não tem hermenêutica.
Em um a sintaxe é médica, no outro a semântica é alternativa.
Em um o discurso é a saúde, no outro a proposta é a terapia.
Os dois são fatalísticos e tanatológicos:
Inauguram o zoe eteron só aos que creêm.
Não há resposta na Bíblia. Equívoco achismo.
Interpretação


Por
ser internos, os nódulos não podem ser vistos. Senti-los é a única forma
de descrevê-los. O sistema orgânico humano tenta se proteger:
anticorpos são colocados em prontidão. Os nódulos desaparecem.
Reaparecem. Aumentam. Diminuem. Enfim, são transmorfos. A aparição de
dor é mal sinal.
Dois nódulos considerados aqui devem
ser explicitados. Um é realmente enfático sobre a presença de algo
estranho no organismo. O outro é o tipo de associação e interpretação
dada ao nódulo: pecado, comida estragada, resfriado não curado, etc.
Seja como for, ambos dóem, fisica e "espiritualmente".
A
segunda estrofe é bastante elucidativa. Ela esclarece a respeito da progressão que o
nódulo tem no corpo humano:
(1) geralmente iniciam calmos e silenciosos, mas, depois, se tornam agressivos e violentos. Sinal e alerta devem ser tomados com seriedade e responsabilidade pessoal. Para os médicos, o diagnóstico é decisivo para inferir sobre a saúde do paciente (transição que há de "são" para "doente", de cliente para paciente);
(2) deve-se cuidar para não fazer leituras apressadas, tais como ´ah, isso não é nada´, ´você precisa ter fé e com certeza será curado´, entre outras. Sei de algumas narrativas nas quais as pessoas declaram ter se apegado a tudo e a todos quando foram notificados sobre a doença. Lembro-me de algo tal como ´beber babosa cura até câncer´. No momento de desespero, tudo é mágico e se torna esperança. Não há hermenêutica que convence;
(3) Para muitos, todo o procedimento médico representa a manutenção da saúde, na qual a rádio e a quimioterapias são indicadas. Em casos extremamente fatais, os profissionais assistente social, psicólogos, psiquiatras e religiosos são acionados para consolação e conforto. Tanatologia é o estudo da finitude humana, o estágio final da matéria. Eutanásia refere-se aos cuidados com aquele que está para sofrer a tanatos. É nesse sentido que o conceito de vida eterna (zoe eteron) se torna uma realidade para os crentes. Aos cristãos, Cristo é a promessa dessa terapia (cura).

(1) geralmente iniciam calmos e silenciosos, mas, depois, se tornam agressivos e violentos. Sinal e alerta devem ser tomados com seriedade e responsabilidade pessoal. Para os médicos, o diagnóstico é decisivo para inferir sobre a saúde do paciente (transição que há de "são" para "doente", de cliente para paciente);
(2) deve-se cuidar para não fazer leituras apressadas, tais como ´ah, isso não é nada´, ´você precisa ter fé e com certeza será curado´, entre outras. Sei de algumas narrativas nas quais as pessoas declaram ter se apegado a tudo e a todos quando foram notificados sobre a doença. Lembro-me de algo tal como ´beber babosa cura até câncer´. No momento de desespero, tudo é mágico e se torna esperança. Não há hermenêutica que convence;
(3) Para muitos, todo o procedimento médico representa a manutenção da saúde, na qual a rádio e a quimioterapias são indicadas. Em casos extremamente fatais, os profissionais assistente social, psicólogos, psiquiatras e religiosos são acionados para consolação e conforto. Tanatologia é o estudo da finitude humana, o estágio final da matéria. Eutanásia refere-se aos cuidados com aquele que está para sofrer a tanatos. É nesse sentido que o conceito de vida eterna (zoe eteron) se torna uma realidade para os crentes. Aos cristãos, Cristo é a promessa dessa terapia (cura).

