Sendo restaurados pelo Senhor. Devocional em Ezequiel 36:16-38

SENDO RESTAURADOS PELO SENHOR

Ezequiel 36:16-38

Ênio Caldeira Pinto

Situação de Israel

a) Uma parte da população está no exílio

b) Uma parte da população reduzida à miséria da própria terra

Ontem (Ez 36:1-15) foi falado sobre a “Restauração Exterior” e hoje, (Ez 36:16-38), falaremos sobre a “Restauração Interior”...

S.T.: Vejamos duas fundamentações sobre as quais a restauração é possível

I – A RESTAURAÇÃO SE BASEIA NA HONRA DE DEUS (v. 16-21)

As causas:

1. “O povo contaminou a terra com suas ações e conduta” (v. 17b, 19b)

2. Deus derrama sua ira sobre aqueles que o “desrespeita” (v. 18)

3. A idolatria é um tipo de contaminação que desonra a Deus (v. 18)

4. A dispersão é um tipo de punição divina (v. 20)

5. O testemunho de Israel em meio às outras nações desonrou a Deus (v. 21)

A possibilidade de restauração

1. Deus teve consideração pelo seu santo nome (v. 21)

2. Restauração é o resgate da honra perdida

3. Yahweh restaurará Israel para que o nome Dele seja honrado diante das nações

4. Ao testemunhar sobre Deus, Israel está demonstrando a restauração através:

    a) Arrependimento (são conscientes de que profanaram o “nome” de Deus)

    b) Confissão (“proclamar o “nome” santo de Deus)

    c) Oráculo de salvação: “Assim diz o Soberano, o Senhor”

5. Todos os que entregaram seus corações, mentes e corpos ao Senhor Jesus Cristo são possíveis de serem restaurados:

     a) Honrando o nome de Jesus como “poder”, “autoridade”, “soberania”

     b) Dignificando o nome de Jesus com “seriedade” e não banalizando-o... Teologia do amuleto, fetiche

     c) Santificando o nome de Deus porque o Espírito Dele em nós é santo!

Os desafios para nós da família cristã

1. A restauração, em nosso contexto, está firmada no moto “espiritualidade, conhecimento e missão” – devemos honrar o moto que carregamos... a nossa conduta é a nossa imagem de restauração, o nosso cartão de visitas...

2. A finalidade da restauração é proporcionar nossa dignidade para concorrer a um futuro ministério – aquele que honrará o nome de Jesus Cristo

3. Não somos perfeitos: somos aperfeiçoados – é nesse processo que consiste a honra que damos a Cristo

(visão reformada da vida cristã = motivo de louvor a Deus)

Vejamos a segunda fundamentação da possibilidade de restauração

II – A RESTAURAÇÃO SE BASEIA NA SANTIDADE DE DEUS (v. 22-38)

As causas:

1. Deus é “santo”, o nome dele é “santo”. Santidade é o conteúdo do testemunho de Israel para as outras nações a respeito de Deus...

2. “Sem santidade” é impossível ver a Deus – (experiência do Êxodo)

3. Deus diz:

    a) Por causa do meu santo nome (v. 22)

    b) Mostrarei a santidade do meu santo nome (v. 23a)

    c) Quando eu me mostrar santo por meio de vocês (v. 23b)

4. Profanação é o desrespeito ao uso do nome santo de Deus – é como fazer mau uso do nome dele e, no caso do texto aqui, por meio das atitudes e condutas...

A possibilidade de restauração

1. Uma nova aliança, uma nova vida. O Deus do Êxodo vai renovar o processo de libertação  restauração:

    a) “tirarei, ajuntarei e trarei” (v. 24)

    b) Aspergirei com água pura – purificarei de todas as impurezas (v. 25)

    c) Darei um coração novo, coração de carne = nova consciência  (v.26)

    d) Porei o meu espírito = poder-habilidade para cumprir os decretos de Deus (v. 27)

    e) Farei vocês habitarem a terra (v. 28)

     f) Alimentarei, aumentarei a produção (v. 29, 30)

    g) Vocês se converterão das práticas repugnantes (v. 31)

    h) Faço isso por causa de vocês (v. 32)

2. Restauração é dar início ao processo de resgate da santidade

3. Yahweh Kadosh santificará Israel para que ele volte a ser “santo” e isso significa “recuperar” a terra perdida!!!

4. Habitar a terra é recuperar o sentido do porquê a santidade do nome de Deus se torna restauração, ou seja:

    a) Testemunho ganha conotação de “sacralizar” – “santificar” o nome de Deus. É quando se entende a missão de ser santo.

    b) A construção da nova vida é possível porque a “berith” foi religada

    c) Oráculo de salvação: “Assim diz o Soberano, o Senhor”

5. Todos os que entregaram seus corações, mentes e corpos ao Senhor Jesus Cristo são possíveis de serem restaurados:

    a) Jesus Cristo nos deu o Espírito Santo – consciência do ensino

    b) A Palavra de Deus nos fornece o conhecimento para a purificação da consciência

    c) A comunidade (igreja) nos coloca em serviço

Os desafios para nós da família cristã

1. A santidade, em nosso contexto, também se encaixa em nosso moto “espiritualidade, conhecimento e missão”

2. Santidade é a separação que temos para realizar determinadas tarefas: pesquisa, trabalho, estágio, café, namoro... e não deve ser motivada pelos “direitos” conquistados, mas pela simples liberdade de servir

3. Como comunidade, somos chamados à  santidade de ‘portar-se como estudantes de teologia’  

CONCLUSÃO

Honrar o nome de Deus é testemunhar que ele é santo

Ser santo é honrar o nome de Deus!

O testemunho de gratidão. Devocional em Filipenses 4:10-23

O TESTEMUNHO DE GRATIDÃO

Filipenses 4:10-23

Devocional                                                                                 

Temas: Gratidão, mordomia, testemunho

S.A.:  Agradecer pelo sustento recebido é sinônimo de maturidade cristã... a ingratidão demonstra o fracasso do ministério pastoral.

INTRODUÇÃO

1. O tema de Filipenses é “alegria no Senhor” – uma carta de prisão, mas com testemunho de gratidão e alegria em tudo

2. Filipenses 4:10-20 comenta sobre a gratidão do apóstolo Paulo sobre uma oferta recebida dos filipenses, entregue pessoalmente por Epafrodito (v. 18)

3. Paulo dá várias orientações sobre finanças (administração, liderança, sustento, fé, etc)

4. Sustentar é sinônimo de cuidar:

a) O cuidado integral do missionário (Willian Taylor)

b) O cuidado integral do seminarista (Ênio Caldeira Pinto, Doutorado em Ministério)

c) O cuidado integral do currículo teológico (Doutorado em Educação)

  

5. Educação e missão envolvem custos de sustento e de investimentos

S.T.: Vejamos algumas confirmações de um testemunho de gratidão

I – O TESTEMUNHO DE GRATIDÃO É PELA PROVISÃO ASSISTIDA (v. 10-13)

¹⁰ Alegro-me grandemente no Senhor, porque finalmente vocês renovaram o seu interesse por mim. De fato vocês já se interessavam, mas não tinham oportunidade de demonstrá-lo.  ¹¹ Não estou dizendo isso porque esteja necessitado, pois aprendi a adaptar-me a toda e qulaquer circunstância.  ¹² Sei o que é passar necessidade e sei o que é ter fartura. Aprendi o segredo de viver contente em toda e qualquer situação,  seja bem alimentado, seja com fome, tendo muito, ou passando necessidade. ¹³ Tudo posso naquele que me fortalece.  ¹⁴ Apesar disso vocês fizeram bem em participar de minhas tribulações.  

1. O cuidado com os servos de Deus é característico de uma instituição cristã: past or, missionário, seminarista

2. A situação digna do obreiro, em relação ao sustento financeiro , é a de humildade (“viver contente em toda e qualquer situação”)

3. Dignidade é sui generis ao contexto da tribulação – esse ambiente produz fé...

4. Atender as necessidades do próximo (e do servo de Deus) é mister de uma missão integral

5. Paulo foi assistido = sustento digno para realizar a obra

(ilustração)

Estátua estóica confiando em seus próprios recursos

Desafios:

(1) Enquanto alunos, como podemos ser assistidos financeiramente para que o nosso testemunho seja de gratidão:

a) Orando por nossas igrejas

b) Orando por nossos mantenedores e instituições

c) Divulgando nosso ministério educacional (formação, treinamento)

d) Aprendendo a viver contente em toda e qualquer situação

e) Realçar o testemunho enquanto ato de fé e não murmuração

f) Planejar um planilha de custos para levantamento de recursos (prova, testemunho, autenticidade)

(2) (Momento de silêncio, hora silenciosa)

O que você aprende com os vv. 11,12?

O cristão é aquele que consegue adaptar-se fiel e confortavelmente em toda e qualquer situação.  Tanto na fartura como na escassez, ele(a) testemunhará com alegria e gratidão a situação atual em relação ao compromisso de fé assumido nas diferentes jornadas, inclusive a acadêmica!

Que tipo de conforto e esperança você recebe ao ler o v. 13?

Embora Paulo estivesse em um contexto de prisão, não podemos achar que precisamos ser torturados ou sofrer pressão para dizer que “aguentamos tudo”. Mas é “pela constante dinâmica da comunhão fortalecedora com Jesus Cristo e pela atuação do Espírito Santo” (Shedd, 2005:206). 

Como você deve aplicar o v. 14 hoje?

A prática do consolo, da diaconia e da misericórdia podem ser consideradas essenciais para o cuidado integral dos que estão envolvidos na obra do Senhor. Não se deve esperar que o obreiro esteja em situação de tribulação (prisão, por exemplo), mas em suprir com liberdade suas necessidades. A missão precisa ser sustentada, isto é, os envolvidos diretamente nela.

II – O TESTEMUNHO DE GRATIDÃO É PELO CRÉDITO ALCANÇADO (v. 15-17)

¹⁵ Como vocês sabem, filipenses, nos seus primeiros dias no evangelho, quando parti da Macedônia, nenhuma igreja partilhou comigo no que se refere a dar e receber, exceto vocês; ¹⁶ pois, estando eu em Tessalônica, vocês me mandaram ajuda, não apenas uma vez, mas duas, quando tive necessidade. ¹⁷ Não que eu esteja procurando ofertas, mas o que pode ser creditado na conta de vocês.

1. O sustento no ministério é mais garantido pela rede de relacionamentos (recomendação) do que pelo tráfico de influência  (Q.I. = Quem indica)

2. “Nenhuma igreja se associou comigo” = não há garantia do sustento! Vulnerabilidade da missão

3. Dar e receber é a contabilidade da missão = oferta voluntária (o dízimo enquanto sistema é item falido, mas a voluntariedade é bênção, movida pela fidelidade e pela credibilidade)

4. “fruto que aumente o vosso crédito” -  a bênção de Deus sobre a vida dos filipenses a ponto de fazê-los supridos e poder abençoar o apóstolo. Dividendos ou investimentos partilhados são quantias destinadas aos setores... Na missão, tecnicamente falando, os investimentos em seminaristas são a fundo perdido

5. Investir na missão dos servos é emancipá-los para ganhar crédito. O fracasso do sustento de obreiros é porque não há crédito na praça... Paulo ganhou crédito por causa das tribulações...

6 Educação e missão envolvem o testemunho de alcançar o crédito

(ilustração)

Viagem missionária do 2° ano ao Paraguai

Desafios:

(1) Enquanto alunos, como podemos ganhar crédito para que o nosso testemunho seja de gratidão:

(a) Valorizando a vida cristã a partir das virtudes (4:8,9)

(b) Aperfeiçoando o testemunho (marturew)

(c) Cumprindo com o rigor acadêmico (notas, boletins, desempenho, vida devocional)

(d) Assumindo uma prática de ser membro de uma “casa de profetas” e não “república de colegiais”

(e) O seu valor na missão é o índice de como anda seu crédito

III – O TESTEMUNHO DE GRATIDÃO É PELA ESPERANÇA ACREDITADA (v. 18-20)

¹⁸ Recebi tudo, e o que tenho é mais suficiente. Estou amplamente suprido, agora que recebi de Epafrodito os donativos que vocês enviaram. São uma oferta de aroma suave, um sacrifício aceitável e agradável a Deus. ¹⁹ O meu Deus suprirá todas as necessidades de vocês, de acordo com as suas gloriosas riquezas em Cristo Jesus. ²⁰ A nosso Deus e Pai seja a glória para todo sempre. Amém.

1. Uma provisão gera um testemunho de gratidão porque supre a necessidade com/em abundância

2. O sustento tem que ser uma prova (recibo) de sacrifício de louvor

3. Deus pode até ser rico, mas isso não significa que você seja o contador dele (ECP)

4. A provisão é segundo a necessidade da missão, e não do estilo de vida urbano (ECP)... Como prover a necessidade de um encarcerado?

5. A esperança é a prova de fé sobre a provisão a ser creditada em conta. Nesse sentido, devemos esperar para receber e não gastar para esperar

6. Esperança é qualidade dos que creem e não dos que gastam

7. A fé é na esperança de ser suprido e a gratidão é pela provisão recebida

(ilustração)

Teologia da prosperidade é incompatível com a esperança cristã... Teologia da prosperidade é o disfarce do demônio do capitalismo

Desafios:

(1) Enquanto alunos, como podemos crer na esperança para que o nosso testemunho seja de gratidão:

(a) Ser honesto sobre o tipo de orçamento planejado e divulgado para manter-se nos estudos

(b) Ser claro (transparente), fiel (pistij ,pistew), ter esperança (evlpidij) sobre as necessidades (dignidade)

(c) Ser criterioso no tipo de necessidade a ser divulgada (ação e reação)

(d) Solicitar a necessidade a partir do contexto e não do pretexto

(2) (Momento de silêncio, hora silenciosa)

Como Deus considera quando ajudamos os membros que estão passando por dificuldades? (v.18)

De fato, Deus se agrada de nossos sacrifícios de louvor porque são fundamentados na fé e na esperança. Ele os considera como “perfume”.

Que promessa você recebe quando obedece a vontade de Deus? (v. 19) 

Deus é o dono da missão (missio-Dei) e, nesse sentido, ele mesmo é quem supre a necessidade dos obreiros na missão! Como disse, Willian Carey, “Espere grandes coisas de Deus, tente grandes coisas pra Deus”.

Qual é a característica de Deus pela qual você louva e agradece com o v. 19?

Primeiro, Deus é o provedor, sustentador, da missão. Segundo, ele é o Deus da pessoa (“meu” Deus).  Na missão, a intimidade com Deus nos eleva ao sentido de que a fé é, de fato, o Deus que nos sustenta e nos dá a fé para crer que ele é o provedor – Jeová Jireh (Deus proverá)

IV – O TESTEMUNHO DA GRATIDÃO PELA COINONIA VIVIDA (v. 21-23)

²¹ Saúdem a todos os santos em Cristo Jesus. Os irmãos que estão comigo enviam saudações. ²² Todos os santos lhes enviam saudações, especialmente os que estão no palácio de César.  ²³ A graça do Senhor Jesus Cristo seja com o espírito de vocês. Amém.  

1. A doxologia final é de toda a carta de Paulo aos filipenses. José Comblin diz que essa é a bênção final da “Carta A”

2. Saudar é um ato/rito cuja finalidade é testemunhar acerca do nível de comunhão que temos em Cristo. 

3. A coinonia é uma marca da comunidade de cristãos. Testemunhar é sofrer com o próximo, é ser santo (a[gioj)

4. “os da casa de César”... “era usada para o grande número de escravos e ex-escravos do imperador que viviam espalhados por todo o império e que administravam os bens do imperador” (Weingärtner, 1992:116).

5. O verso 23 é uma doxologia autenticamente paulina, a partir da qual a graça (carij) é exemplarmente a expressão da fé, mas aqui o sentido é de uma eulogia, isto é, uma bênção.

(ilustração)

Palavras-Chave para a vida cristã: vida cristã, espiritualidade e conhecimento

Desafios:

(1) Enquanto alunos, como podemos viver em coinonia para que o nosso testemunho seja de gratidão:

(a) Envolver-se nos sofrimentos dos outros e se comprometer na provisão das necessidades através da oração e ação

(b) Ser simpático e muito mais ainda empático no ouvir e dizer sobre as necessidades dos outros

(c) Acolhida e demonstração de contentamento (mesmo em situação difícil)

(d) Vida em comunhão, de Dietrich Bonhoeffer, diz que a realidade da coinonia é um resultado de um verdadeiro discipulado.  

CONCLUSÃO

Diante disso, temos o desafio de:

Testemunhar acerca de nosso sustento

a) Orando

b) Divulgando

c) Ficando contentente

Agradecer sobre o sustente recebido

a) Dando e recebendo

b) Sendo fiel no crédito em conta

c) Tendo fé na esperança de ser suprido

Envolver-se na missão

a) Sendo empático na formação de obreiros

b) Acolhendo os irmãos que estão na obra

c) Entendo o sustento da missão de forma integral

O ministério de intercessão pela cidade. Devocional em Ezequiel 27:1-36

O MINISTÉRIO DE INTERCESSÃO PELA CIDADE

Ezequiel 27:1-36

Ênio Caldeira Pinto

Devocional 

                                                                                

Temas: Oração, intercessão, missão e pastoral urbana, profecia (oráculo)

Proposição: Como comunidade cristã, somos chamados a interceder pela cidade e profetizar a respeito das atuações política, econômica e social.

S.A.: A cidade é o que a comunidade cristã que nela está inserida é! (ECP) 

INTRODUÇÃO

Literária: o bloco literário que trata dos julgamentos sobre as nações gentílicas (25:1-32:32)

a) Capítulo 26: O julgamento sobre Tiro

b) Capítulo 27: A lamentação sobre Tiro

c) Capítulo 28: O príncipe e o rei de Tiro

Histórica:

a) Ezequiel descreve Tiro como grande potência.

b) Cidade (ilha) fortificada, invencível, comércio marítimo estável e acúmulo de riquezas (ano 600 a.C.)

c) A crítica é porque Tiro é auto-suficiente e egoísta (opulência de sua potência) frente ao império babilônico

Teológica:

a) A denúncia é sobre um tipo de sociedade consumista e materialista, enriquecendo os poderosos (BeP)

b) Lamento é um tipo de queixa, choro. Nesse trecho é um tipo de documento que descreve o estilo de vida social dos fenícios (habitantes de Tiro). Em última análise, pode-se classificá-la como oração intercessória ao sentir-se exigido pela prática pastoral diante de uma sociedade em decadência.

1. A vida devocional é o de intercessão (em todos os sentidos)

2. A prática litúrgica dá-nos oportunidades de intercessão pela cidade

3. A missão urbana resume-se na tarefa de “a cidade é a nossa paróquia” (parafraseando João Wesley)

4. Jesus, nos Evangelhos, também fez lamentos por Jerusalém

S.T.: Vejamos três denúncias proféticas a partir das quais faz-se necessário um ministério de intercessão pela cidade

I – A INTERCESSÃO DENUNCIA A OPULÊNCIA DA RIQUEZA ILÍCITA (v. 1-11)

1. A metáfora é de um grande navio de luxo (vive do comércio)

2. A complexidade desse lamento é que Tiro é um tipo de návio de luxo:

    

a) Cujas fortunas são comercializadas pelo mar com navios “perfeitos”

b) Cuja tripulação são constituídos de remadores (Sidônia e Arvad), de pilotos (sábios de Tiro), sábios (os que consertavam os estragos, “Todos os navios do mar e seus marinheiros faziam comécio com vocês”), guerreiros dos exércitos

3. Não se deve vangloriar-se do tipo de qualificação alcançada se essa é decorrente de corrupção ou enriquecimento ilícito.

4. Um oráculo de juízo (condenação) deixa claro o tipo de pecado cometido pelos líderes da cidade. No entanto, um lamento queixa-se sobre o preço pago para manutenção do tipo de pecado.

5. A missão cristã é a de resgatar a cidade para o Senhor (politeuesthe, portar-se como cidadão da pólis)

6. Denúncias sobre as ênfases na cidade “disfarçadas” pela riqueza ilícita:

a) Educação (informação, especialização e cidadania)

b) Saúde (alimentação, controle de epidemias e endemias, imunizações)

c) Segurança (integridade física, moral e mecanismos de lazer)

(Ilustração) O empobrecimento do campesinato a posteriori do governo salomônico

II – A INTERCESSÃO DENUNCIA O TIPO DE COMÉRCIO MATERIALISTA E CONSUMISTA (v. 12-25)

1. Esse tipo de estrutura textual é como se fosse uma litania, ou seja, Tiro descreve a rede de seus parceiros comerciais e seus produtos são estrategicamente descritos

2. Uma característica marcante do lamento, os empréstimos para o seu tom sombrio, é a completa falta de criação, Deus nem é mencionado no oráculo

3. Apesar de alguns detalhes obscuros e nomes de lugares incertos, a força do lamento é bastante clara: por todo o seu esplendor e, apesar de sua riqueza, Tiro está condenada.

4. A madeira vem das regiões correspondentes ao moderno Líbano (Senir é ao norte do monte Hermon) e as Colinas de Golã (Bashan).

5. Os mercantes termina com Társis, provavelmente no sul da da Espanha, o que implica que o comércio de Tiro se estendia ao longo de toda a extensão do Mediterrâneo.

6. Os nomes Javã, Tubal, Meseque e são os primeiros encontrado como filhos de Jafé, em Gênesis 10:2 (repetido em 1 Crônicas 1:5):

(a) Mas no tempo de Ezequiel os nomes significavam regiões geográficas, talvez povoadas por descendentes daqueles homens.

(b) A importação primária dos nomes aqui é para significar a lugares distantes com as quais Tiro fez negócios.

(c) Mais especificamente, "Javan" (! W "yu" Yawan) era um nome coletivo do AT para a Grécia ou os gregos (o mesmo termo hebraico é traduzido como "Grécia" em Daniel 8:21; 10:20, 11:2; Zc. 9:13).

(d) "Tubal" refere-se a Tabal antiga, no que é agora a Turquia central (na província da Capadócia nos tempos do NT).

(e) "Meseque" refere-se a um povo conhecido na literatura grega como os Moschoi, que se estabeleceram em uma área na borda sudeste do Mar Negro (parte nordeste da Turquia moderna).

7. Bete-Togarmah estava localizada na região de Carquemis e Harran.

(Ilustração)

Ministério do comércio exterior (diplomacias)

I Coríntios 6:12-25 – jugo desigual

III –  A INTERCESSÃO DENUNCIA O FIM TRÁGICO DE UMA NAÇÃO INJUSTA (v. 26-36)

1. A imagem é de um naugrágio. A perda trágica no mar, Tiro é destruída (O naufrágio de Tiro). (26-27)

a) naufrágio é sucumbir às tempestades

b) naufrágio é solidão

c) naufrágio é o tempo de empobrecimento rápido

2. O lamento emerge dos marinheirs sobre o naufrágio (queda) (28-32)

a) gritos associados às plagas (não há expectativa de salvação-esperança)

b) cobrem as cabeças de poeira e rolam nas cinzas (desespero!)

c) aflição e luto 

3. Tudo culmina em um lamento dentro de outro lamento (33-36)

a) a queda não é somente a perda das riquezas, mas da possibilidade de produzir qualquer produto

b) empobrecimento total e incapacidade de manutenção da vida

c) aniquilamento para sempre

(Ilustração)

Misericórdia é a única ferramenta que a igreja tem para reverter a decisão de aniquilamento de uma cidade. 

A destruição de Sodoma e Gomorra (Gn)

CONCLUSÃO 

1. Denunciar o juízo sobre a cidade que não anda segundo a vontade de Deus

2. Anunciar a salvação mediante a possibilidade de redenção em Cristo Jesus

3. Proporcionar ministérios de redenção da cidade

    a) Educação

    b) Testemunho e serviço

    c)  Diaconia