Sabe quando nada coopera:
Espera-se, então, a primavera.
Notícias não são novas
Tendo, sim, provas.
Indo às adversidades,
Negam-me as oportunidades.
Dizimam-me pela fragilidade,
Obliteram-me pela insensibilidade.
Mensurarei as mazelas,
Somente alegrarei as donzelas.
Por favor, não sejais desumanos,
Adicionando-me aos manos e
Inquirindo-me: por que os prantos?
"Haverá, sim, o dia em que este país será restaurado pela Educação. Então, o reino de Deus será mais evidente e os brasileiros mais humanos". (ECP)
domingo, 27 de maio de 2012
terça-feira, 1 de maio de 2012
Auto Nomia
Um, realmente, pouco é
Você não suportaria
Só em latim, ah, Noé!
Cem vezes dez
Se não acertou
Olhe o céu
Anil é!
Água aquecida lentamente
Evapora e se concentra
Energia do calor alimenta
Girando rodas que engrenam
no trem, barco e destilaria
Em Manaus, caldo eu preferiria
Pois a eira e a beira
Complementam, sim, o sentido
Com sobressalto no meio
Formado com cal e cadeira
É pejorativo no sentido
Fica protegido sempre
Reage aos mimos e não mente
Cresce sem pudor, mudando de cor
Com toda gente, que alegre, atende
Interpretação


Primeira estrofe: dimensão temporal identitária
Há vários recursos que utilizei para construir o sentido.Primeiro é o da semântica, isto é, eu tenho o termo-chave em mente que irá dar sentido ao texto (às palavras que se ligam). Por exemplo, vamos trabalhar com os números. Logo de início, digo um e depois cem vezes dez. Um remete-nos à idéia de unidade, unitário, individual, único - mesmo afirmando que é pouco. Pode-se até pensar no adágio popular um é pouco, dois é bom, três é demais! E a conta de 100x10=1000, mil. Logo, mil você não suportaria. Estou trabalhando aqui com as potencialidades de um para mil. Esta conta é apenas para gerar o significado que se descobrirá a seguir.

O segundo recurso é o da eufonia (som belo, som gostoso de se ouvir). Há dois momentos para percebê-lo: (a) quando uso ah, Noé! Aqui, tem-se que combinar os sons de ah e Noé. A letra h, em língua portuguesa, é muda. Sendo assim, sobra anoé. Se atentarmos para os três és (1a, 3a e 7a linhas), percebe-se que essa sonoridade repetitiva serve apenas para combinar o final das frases, mas que não tem ligação nenhuma com anoé. Elima-se o é, sobra, então, apenas ano. Ao fazermos conexão com um, logo tem-se um ano, e a conexão com mil, tem-se mil anos; (b) e quando uso anil. Anil é adjetivo e equivale-se ao azul, mas aqui tem-se que observar o som. Toda vogal, em língua portuguesa, seguida de n, pode ser língua tanto com som áspero como a em catá, ou ã como em anjo.
Logo, ao ler ãnil e feita a transcrição fonética, tem-se o som aeniu. Sabe-se que em latim o sufixo enium deriva de anno (ano), então milênio = mil anos. Dai, Ah, Noé! e Anil é! refere-se a Ênio, meu primeiro nome.

Segunda estrofe: dimensão energética laboral
Bom, creio que após a explicação da primeira estrofe, certamente, você já vai deduzir o sentido. Todavia, a construção da estrofe foi totalmente simbólica. Há duas partes, a primeira sendo da linha 8 até a 14 ao descrever o vapor - água aquecida. O vapor gera pressão, produzindo calor (energia) para mover as máquinas (trem, barco, destilaria). Até aqui, creio que não há dificuldade para achar que o vapor é, sim, o conteúdo dessa parte, no entanto, admito que ele servirá para dar sentido à segunda parte da estrofe (linhas 15 a 19) - e é aqui que precisarei explicar.

Então, agora, é só juntar caldo+eira = caldoeira e cal+cadeira = caldeira. A frase Com sobressalto no meio serve tanto para (cal+cadeira) como para dizer que é o meu nome do meio: Caldeira.
Terceira estrofe: dimensão... censurado!!!...
Sem maldar, pessoal!!! Agora vai parecer meio podre! Cada um faz a interpretação que quiser... Só um detalhe: meus poemas, além da verbe literária, foram construídos como uma prática de pensamento crítico (Critical Thinking for Instructional Design)... assim como também é feito com jogos... Sendo assim, por questões óbvias, vou restringir a explicação da terceira estrofe (rsrsrs).
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