domingo, 30 de junho de 2013

Vi a ganância

Não comemoro meu aniversário!
É porque joguei fora o anuário 
E comecei a viver em aquário
Desde o dia nosso no Planetário

Ali ficou claro que seria a saudade
Minha única parceira de felicidade
Afinal, você disse adeus com crueldade
E eu nem sequer fingi ser a beldade

Não entrei nos "intas" e jamais nos "entas"
Tua vida será inferno cheio de tormentas
Só porque rejeitou-me no dia das velas
E eu serei jovem sempre sem mazelas

Tua insensibilidade te matará aos poucos
Doerá a cabeça e fará parte dos loucos 
Braços e pernas atrofiarão como os mouros
Tua única vitória e coroa serão de secos louros 

Você progrediu comigo, mas perderá tudo com os outros
Eu te fiz em excelência, e agora viverá das maledicências
Eu te ajudei a entender o mundo, contudo perderá o rumo
Eu te dei amor, e, mais uma vez, só, ficará sem carinho

Você me trocou por causa dos teus amigos otários
Faltam-lhes compreensão de vida e níveis universitários
São ouvintes da medíocre opinião de indoutos papagaios
Nada acrescentam porque tudo fazem em frangalhos 

Vá então para eles e revele teu sonho de cinderela
Mostre-lhes como tua vida é de cristal falso de Compostela 
Nem foste formada da proto humana osso de costela 
No final dormirá com ratos e baratas, mulher de favela

Vingo-me de ti da seguinte maneira: eternamente te amando
Pois ninguém fará isso por você... será estéril sempre anuviando
Jamais será transparente em tuas verdades, fala minguando
Não terá enterro digno e nem transporte edênico. Será etérea pairando