quarta-feira, 24 de julho de 2013

Aprisionado pela ignorância

 

Vivo aprisionado em masmorras de pedras e grades 
Não se parece em nada com as clausuras dos frades
Não recebo visita de ninguém. Só de camundongos
As paredes são muito espessas e os silêncios longos

Antes de ser preso e condenado, eu era livre. Ah, meu passado!
Mas quando descobri como era cego e enganado. Não fui amado!
Tentei ensinar-te a responsabilidade da relação. Fui trapaceado!
Então, tive que tomar essa atitude: revelar tudo para ser libertado!

No entanto, mais uma vez você se serviu de minha fraqueza
Intimidou-me com palavras, como sempre, usou da ardil sutileza
Disse que ia me ajudar do teu jeito. Mas qual, ó lerdeza!
Vive da maquiagem para se esconder com cruel dureza 

Sei que há um lugar no teu coração para mim. Afinal, você me conheceu
De minha parte, esse lugar sempre existiu. Pena que você o esqueceu
Tornei-me a representação dos teus anseios. Por isso você me apeteceu
Lembra quando tudo aconteceu? Foi lá, no quarto que você ao amor cedeu

Se você fosse inteligente, iria aceitar minha proposta 
Em pouco tempo, saberíamos a resposta
Para continuarmos nos amando, às encostas 
Mas você é meio cabeça-dura, vira-me sempre as costas