terça-feira, 9 de julho de 2013

Supremacia




Amanhã não poderei dizer que te amo mais
É que você demorou. Aí, fiz questão dos jornais
Anunciei nos Classificados. É só ler minhas iniciais
Incógnitas, não. Diretas, sim. Meio-tons banais

Ontem você me rejeitou legal
Dizia que ia à oração matinal
Que nada! Fez-me vegetal
Espera crescer e depois dá tchau

Combinamos? Não. Foi só coincidência
Vou para o Fim. Lá é país da transcendência
Ninguém verá a mim. Só os vermes da inocência
Quando retornar, viverei na tua consciência

Teus descendentes serão todos meus
Serão baixos, pecadores pigmeus
Pardos mesclados com sangue dos europeus
Sul americanos, terra de escravos teus

Aqui, seremos gigantes
Como demais nações, iremos galopantes
Teremos que despir nossos rompantes
E dar oportunidade um ao outro como amantes

Repovoaremos a nação
Com intensa paixão
Batendo o coração
Soberana reinauguração

O fim será assim
Junto a mim
Enfim
Sim