domingo, 21 de julho de 2013

Proteja-se, Bergoglio!

 
Até agora não havia feito nenhum comentário sobre as práticas de vandalismo em várias cidades brasileiras. Especificamente sobre as de ontem, no Rio de Janeiro, acredito que minhas observações devem ser ignoradas, mesmo porque considero-me incapaz de fazê-las. Não sou especialista em segurança pública, portanto não entendo as “brechas” que podem originar a depredação e a violência contra prédios, sejam estes públicos ou privados.

No meu entendimento, julgo que esses atos de vandalismos representam a revolta inconsciente do tratamento recebido. Sim, revoltar-se é “levantar-se contra, indignar-se, opor-se, etc”. O fato é que essa manifestação é entendida como “equivocada”, haja vista analisarmos a consequência (resultado) e não a causa. Se os vândalos escondem a cara é porque sabem do tipo de tratamento que receberão. Se quebram, saqueiam e roubam lojas é porque sabem que tipo de crime estão cometendo, bem como aonde poderão morar se forem autuados pela polícia. Vandalismo é um tipo de banditismo (ou bandidismo) revanchista contra as instituições que lhe são repressoras.

Os atuais vândalos desceram os morros porque a polícia subiu até suas casas para “por ordem pacificadora” (sic). Ora, há que se entender como foi feita a ocupação dos morros. Entendo que era, sim, preciso fazer isso e o governo de paz, direito e justiça precisaria chegar até os habitantes dos morros. O problema é que atos “violentos” de entrada estão recebendo o “troco” dos que saíram. A polícia não conseguirá “segurar” esse tipo de vandalismo porque as armas que eles têm não são de educação, nem pacificação e nem de cidadania. São de agressão, contenção, repressão e coerção. Logo, são, sim, atos de violência.

Minha dúvida (ou preocupação, ou medo) é que esses grupos consigam se organizar como bandos e gangues, afinal o crime é institucionalizado quanto ao seu nível de organicidade, visto pelo planejamento, treinamento e execução. Não li nenhum comentário de especialista do serviço de inteligência dizendo que tais atos, como as manifestações que foram consideradas “vândalas”, no período da Copa das Confederações poderão se tornar mais dinâmicas, fortes e com projeções mundiais na visita do Santo Padre na próxima semana. Bergoglio, cognominado Francisco, imuniza-se pela exposição de vida porque quer estar perto do povo, mas esquece de que, antes de chegar até o povo, há barreiras de policiais lutando contra os vândalos.

Oxalá eu esteja errado. Digo isto porque entendo que o vandalismo está ligado ao ato de destruir o que é artístico, cultural, religioso, típico, etc... O povo brasileiro está no limiar de distinguir-se quanto ao que acordou para a construção e ao que acordou para a destruição. As igrejas ainda não entenderam o papel delas nesse momento. Sou católico-protestante (evangélico), mas sinto-me agredido quando a liberdade religiosa também é vandalizada. Proteja-se, hermano!