Proteja-se, Bergoglio!
Até agora não havia feito nenhum comentário sobre as práticas de
vandalismo em várias cidades brasileiras. Especificamente sobre as de
ontem, no Rio de Janeiro, acredito que minhas observações devem ser
ignoradas, mesmo porque considero-me incapaz de fazê-las. Não sou
especialista em segurança pública, portanto não entendo as “brechas” que
podem originar a depredação e a violência contra prédios, sejam estes
públicos ou privados.
No meu
entendimento, julgo que esses atos de vandalismos representam a revolta
inconsciente do tratamento recebido. Sim, revoltar-se é “levantar-se
contra, indignar-se, opor-se, etc”. O fato é que essa manifestação é
entendida como “equivocada”, haja vista analisarmos a consequência
(resultado) e não a causa. Se os vândalos escondem a cara é porque sabem
do tipo de tratamento que receberão. Se quebram, saqueiam e roubam
lojas é porque sabem que tipo de crime estão cometendo, bem como aonde
poderão morar se forem autuados pela polícia. Vandalismo é um tipo de
banditismo (ou bandidismo) revanchista contra as instituições que lhe
são repressoras.
Os atuais vândalos desceram os morros porque a
polícia subiu até suas casas para “por ordem pacificadora” (sic). Ora,
há que se entender como foi feita a ocupação dos morros. Entendo que
era, sim, preciso fazer isso e o governo de paz, direito e justiça
precisaria chegar até os habitantes dos morros. O problema é que atos
“violentos” de entrada estão recebendo o “troco” dos que saíram. A
polícia não conseguirá “segurar” esse tipo de vandalismo porque as armas
que eles têm não são de educação, nem pacificação e nem de cidadania.
São de agressão, contenção, repressão e coerção. Logo, são, sim, atos de
violência.
Minha dúvida (ou preocupação, ou medo) é que esses
grupos consigam se organizar como bandos e gangues, afinal o crime é
institucionalizado quanto ao seu nível de organicidade, visto pelo
planejamento, treinamento e execução. Não li nenhum comentário de
especialista do serviço de inteligência dizendo que tais atos, como as
manifestações que foram consideradas “vândalas”, no período da Copa das
Confederações poderão se tornar mais dinâmicas, fortes e com projeções
mundiais na visita do Santo Padre na próxima semana. Bergoglio,
cognominado Francisco, imuniza-se pela exposição de vida porque quer
estar perto do povo, mas esquece de que, antes de chegar até o povo, há
barreiras de policiais lutando contra os vândalos.
Oxalá eu
esteja errado. Digo isto porque entendo que o vandalismo está ligado ao
ato de destruir o que é artístico, cultural, religioso, típico, etc... O
povo brasileiro está no limiar de distinguir-se quanto ao que acordou
para a construção e ao que acordou para a destruição. As igrejas ainda
não entenderam o papel delas nesse momento. Sou católico-protestante
(evangélico), mas sinto-me agredido quando a liberdade religiosa também é
vandalizada. Proteja-se, hermano!