Há tempos procura-se entender o
mistério de ser
Busca-se na simplicidade do tecer
de homem e mulher fazer
A célula responsável do ter
consciência por desenvolver
Nada é encontrado no querer do
adultério, a semente do prazer
Não se pede para nascer.
Acontece!
É como o sol a cada dia.
Amanhece!
Somos seres do poer. Enaltece!
Vivemos para morrer. Padece!
Viver é existir por si, sem
magoar-se
É continuar querido, sem
amedrontar-se
É frequentar amizades, sem
ferir-se
É crescer na sexualidade, sem
promiscuir-se
Existir é a consciência de ser
essência
Autoconhece-se por vivência com
excelência
Cai e levanta, pára e corre, com
frequência
Não desanima, é constante em
querência
O ser humano é eterno quando vira
energia
Deixa de andar caminhos para
seguir uma via
É quando se converte pela alma de
outro na sinergia
Vira essência, das almas gêmeas,
em fidalgia
Nascer é existir para alguém, é
aqui e não no além
Prazer é sentir no amém, ir até o
fim e não ficar aquém
Só é cúmplice porque cumpre-se e
não se atém
Nas fantasias do semantir,
imagina-se ser uns cem
Existência não significa
realidade, mas real idade
Faz-nos maduros através das
mazelas da contemporaneidade
Torna-nos sábios com experiências
de preciosidade
Homens e mulheres, filhos e
filhas, prole da fertilidade
Ser fecundo é entender os enigmas
da posteridade
Troca-se o logo do prazer pelo
logos da eteridade
Perpetua-se em microscópicos
seminais de diversidade
Mas só um é digno da casualidade,
promovendo felicidade
Não se é “família” sem ser e
existir, apenas “é”
Ninguém nasce de chocadeira, foi
preciso ser
Existir é construir-se como ser –
tem que querer e poder
Sai-se das competências e
realiza-se no fazer – e é pela fé!