terça-feira, 9 de abril de 2013

Existir




Há tempos procura-se entender o mistério de ser
Busca-se na simplicidade do tecer de homem e mulher fazer
A célula responsável do ter consciência por desenvolver
Nada é encontrado no querer do adultério, a semente do prazer

Não se pede para nascer. Acontece!
É como o sol a cada dia. Amanhece!
Somos seres do poer. Enaltece!
Vivemos para morrer. Padece!

Viver é existir por si, sem magoar-se
É continuar querido, sem amedrontar-se
É frequentar amizades, sem ferir-se
É crescer na sexualidade, sem promiscuir-se

Existir é a consciência de ser essência
Autoconhece-se por vivência com excelência
Cai e levanta, pára e corre, com frequência
Não desanima, é constante em querência

O ser humano é eterno quando vira energia
Deixa de andar caminhos para seguir uma via
É quando se converte pela alma de outro na sinergia
Vira essência, das almas gêmeas, em fidalgia

Nascer é existir para alguém, é aqui e não no além
Prazer é sentir no amém, ir até o fim e não ficar aquém
Só é cúmplice porque cumpre-se e não se atém
Nas fantasias do semantir, imagina-se ser uns cem

Existência não significa realidade, mas real idade
Faz-nos maduros através das mazelas da contemporaneidade
Torna-nos sábios com experiências de preciosidade
Homens e mulheres, filhos e filhas, prole da fertilidade

Ser fecundo é entender os enigmas da posteridade
Troca-se o logo do prazer pelo logos da eteridade
Perpetua-se em microscópicos seminais de diversidade
Mas só um é digno da casualidade, promovendo felicidade

Não se é “família” sem ser e existir, apenas “é”
Ninguém nasce de chocadeira, foi preciso ser
Existir é construir-se como ser – tem que querer e poder
Sai-se das competências e realiza-se no fazer – e é pela fé!