Seis meses de
duro sofrimento. Envergado pela solidão. Pensei na morte por aflição
Pulei o muro de
lamento. Aproximei-me da consolação. Busquei o norte da solução
Hoje terminei o
treinamento. Rejeitei a decepção. Sarei do porre da frustração
Não procurarei
outro tormento. Alienado pela condição. Entrei no corre-corre da ação
É engraçado o
destino. Não se distingue os sentimentos. Só entende por sacrifício
Penso sempre com
tino. Sigo os divinos mandamentos. Nunca admiti outro ofício
Deixei de ser
menino. Venci o retardamento. Hoje trabalho em um enorme edifício
Quero, sim,
parecer linho fino. Confeccionado em dobramentos. Em noite de suplício
Aqui você não tem entrada. É persona não grata. Não sou eu que te impeço
Não vai passar na catraca. Lá há vigia e guarda. Não insista, eu te peço
Nem adianta usar a matraca. Vai ficar na retaguarda. Se não haverá contesto
Tenha a mente centrada. É prudente em pessoa sensata. Fuja ao protesto
Eu ainda tenho sequelas. É o resultado da perda que tive: fiquei sem o apoio do amor
Na alma, já sugiram as mazelas. É o início da morte para quem vive. É um terror!
É abstração de pintura aquarela. A dança para quem sobrevive. Brisa sem frescor
Vou colorir a vida de cor amarela. Eliminando tudo o que é triste. Buscando o Mentor
Não precisei tomar remédio. Nem fazer mais terapias. Precisava apenas silenciar-me
Idas constantes ao médico. Trouxeram-me alegrias. Bom respouso, pude alimentar-me
Fugi dos momentos de tédio. Fugi das nostalgias. Bom sono, pude entender-me
Não posso ter assédio. Conversas só as de empatias. Tenho que exercitar-me
Idas constantes ao médico. Trouxeram-me alegrias. Bom respouso, pude alimentar-me
Fugi dos momentos de tédio. Fugi das nostalgias. Bom sono, pude entender-me
Não posso ter assédio. Conversas só as de empatias. Tenho que exercitar-me