quarta-feira, 20 de março de 2013

A hora não chega aos da esperança


Assim que cheguei não pude deixar de observar – aliás essa é minha maior qualidade
Pensei que iria à Monterrey para te olhar, mas constatei que é melhor a logicidade
Voltei ao siso e me enterrei para constatar, e pulei, sim, longe de ti, ó minha felicidade
Não é a dor, mas o deleite que faz-me lembrar do quanto fui agraciado com tua tenuidade

Venho apenas admirando-te. Apreciar é a arte dos que aprendem a amar sem sofrer
Em manhãs, tardes e noites, fixo-te. É no silêncio que comprovo a existência de ter
E é na marca da paixão que me liberto do que nunca virá a acontecer. Só temer
Está chegando ao fim de ter tua presença. Vou à Londres matar a decência e não morrer

Minha maior alegria é o fim de semana. Não estudo, pesquiso-me
Conheço-te conhecendo-me. Por isso sou cauteloso, sempre esquivo-me
Sábado é a tristeza de não te ver. Domingo é a saudade de adoecer-me
Não vou à igreja porque sei que te encontro lá. Fico delirando-me

Durante a semana é só alegria. Não te vejo e nem falo contigo. Sinto você
À distância, cheiro o teu perfume. De perto, é o feromônio. Em face é o doce
Na segunda, observo. Na terça, aperto e na quarta sou terno. Adorno o céu
Na quinta, estou em outra e na sexta sou sombra. Chega o fim, é o humor fel

Apeteço minhas saudades nos “profetas” – elas soam como manjares de energias
Encanto minhas querelas nos “poetas” – elas voam para os andares com sinergias
Hoje estou aqui vendo-te, ó teta – manancial de patamares das coroas de alegrias
Estou partindo como seta – o futuro guardará os sonhos solares de minhas nostalgias