Então Deus disse:
"Naquele dia esgotarei minhas esperanças de que o ser humano poderá se arrepender dos erros de anulação da vida. Nem mesmo através da grande prova de meu amor pela humanidade conseguirei fazê-la entender o quanto eu a quero bem. Jurarei por mim mesmo que irei entregá-la às suas próprias paixões, às vicissitudes do mundo e ao domínio de Satanás. Não a atenderei mais, apenas escutarei os seus gemidos e os seus lamentos.
Este povo ouve minhas palavras todos os dias pela manhã, mas à noite adulteram os registros dos chefes. E os que maquinam dessa forma também se fazem iguais a ele. Ser povo é viver debaixo da graça de minha aliança, é contar com minha presença sempre que sou invocado. Não cabe a ninguém fazer justiça, senão a quem eu orientar. Eu sou Deus da justiça. A maior justiça que meu povo fará é apenas me ouvir e deixar-me agir. Agindo eu, quem impedirá?
Os registros são arquivos da memória, os relatos dos feitos sobre o meu povo. É também ali que venho verificando os lamentos, as mazelas e as vitórias. Hoje não posso ler mais sobre o meu povo: ele queimou o registro da minha grande obra. Então, tirarei tudo dele: a sabedoria, o bom senso, a alegria de servir e a motivação para aprender de mim. Todos os que são meu povo serão reprovados. Há, sim, aprendizes que serão reprovados e precisam sair do meu arraial. Assim como me manifestarei em três, são também três que serão retirados!"
Depois dessas palavras, retirou-se Deus para longe do seu povo.