sexta-feira, 15 de março de 2013

Educar para a cidadania



É lamentável ter que admitir a ignorância evangélica em pleno século XXI
Se não bastasse casal de pastores presos, dando o golpe do 171
E os líderes neopentecostais, disputando na mídia serem o número 1
E outros promovendo campanhas de duelos dos deuses com jejum

Aberração maior é quando afirmam pregar um reino espiritual
Totalmente diferente do que a exegese bíblica revela ser real
Eles fantasiam, vaticinam. Nada entendem sobre intimidade divinal
São arrogantes porque não admitem estudar. Deficiência fatal

Por exemplo, aprendi que o objetivo geral da educação no Brasil
É educar para a cidadania. Formar o indivíduo para ser cidadão
Inclusive está na LDB bem como nos Parâmetros Curriculares. É sutil
Mas há evangélicos contra esse ideal. Adotam a ludibriação

Também aprendi que educação cristã é conduzir a pessoa a Cristo
Concordo. No entanto, é mister a concatenação do estudo crítico
Em Filipenses 1:27 há o verbo grego politeuesthe. Serei diacrítico
Politeuesthe vem de politeumai e significa viver, portar-se. Alisto

Portanto, é viver como cidadão da pólis. É isso mesmo, habitante da cidade
Pena que a ARA (Revista e Atualizada) dá ideia de praticar a moralidade
E a pregação ufanista comenta sobre os cidadãos dos céus, transcendentalidade
Não há como negar: a educação é formar cidadãos para a cidade

Por isso a Pastoral Urbana tem, sim, que educar para a cidadania
Para que possamos diminuir assustadoramente as ações da tirania
Eu ainda sou descrente desse poder de pastorado com supermania
Eu prego a favor da conversão do estilo urbano, com divina soberania