Preciso retornar para recuperar as forças da vida
Mas lá não encontrarei porque já é perdida
A pessoa da promessa previamente aferida
A paixão da amizade, do respeito e da guarida
Sou expatriado, perdido, sem minha Tara
Em cultura alheia, sem graça e nem narra
Que aqui não encontrei nenhuma cara
Com visível aparência de tua marra
Que curtisse comigo a farra
Prendendo-me como gabarra
E deixasse no meu corpo a amarra
E as marcas da sua garra!
No exílio, tenho me envelhecido devagar
Não é a estética mais pueril a contento
Mas a dor que paulatina vem no momento:
É o sofrimento iniciando antes da joviliade terminar
Você deveria ser o antídoto para o veneno que me consome
Foi com você no veículo que ao relento aprendi ser homem
Aqui não tem remédio para mim. Para sobreviver, vou aderir
Sucumbirei ao assédio assim: então vou me prostituir
Prostituir-se é fingir amar alguém que nos ama!
Logrando-se inclusive na física da cama.
"Quem eu quero, não me quer. Quem me quer, já mandei embora".
I really don´t care, pois química no amor sempre acontece na hora.
Pequena Londres foi destruída. E com ela, você
Desistiu de mim. Assim seja. Fez muito bem
Há uma alternativa que a lida para mim trouxe
Basta a mim, somente a mim, ir até esse alguém
Decidi, então, isolar-me por um tempo
Não é contratempo, apenas um alento.
Possivelmente encontrarei uma nova Tara com altivez
E, alhures, amarei intensamente outra vez!