sábado, 9 de março de 2013

Chicago



Se eu pudesse, morreria em Chicago. Sim, morrer é esquecer eternamente
Viver que é sofrimento. Pois você ficou tão longe. Nem quis saber seriamente
É por isso que insisti em ter uma decisão. Foi teu dever indubitavelmente
Pena que tua desistência de mim é solidão. Pois é, viver é lembrar temporariamente

A beleza de Chicago me conquistou. Foi no passeio do barco Wendella
Melhor ainda foi no Navy Pier. Naquele dia fui na roda gigante. Que bela!
Quando chegou lá em cima, entrei em pânico. Altura é minha mazela
Tive que fechar os olhos. Você me abraçou. Quando abri, a sequela

Estava só - como sempre. É o ínicio da dor. O encanto do passeio acabou
Tive que me recompor. Procurei alguém conhecido. Ninguém aportou
Comecei a andar e espairecer. Fui no Feijão. Sentei-me. Nada provou
Não é o lugar que nos descansa. São as pessoas que nos ama - alma soou!

Quando fui à praia do lago, meu telefone tocou. Não atendi. Hesitei.
Não quis nada que me atrapalhasse naquele dia. Na euforia, chorei.
Não existe felicidade celebrada sozinha. Só em companhia. Gritei.
Chicago é a cidade dos segredos e dos medos. Só guetos. Gelei

À noite procurei o barzinho das celebridades, o point da cidade
Minha salvação foi a de falar várias línguas, brindei facilidade
Ficamos em duplas na maior alegria, papeando animosidade
Até que o cansaço bateu, o gelo derreteu - fiquei na saudade

Não existe casualidade em Chicago. Aqui é a passagem da oportunidade
Você só tem que esperar para agarrar. É quando ocorre a prosperidade
Pelo bom casamento ou pelo excelente emprego. Só há o perigo da banalidade
Dos que querem vandalizar a cidade. Fuja dos índices de criminalidade

Estou vivendo o sonho dos néons e estilos citadinos... Vai passar. Serei ladino.