quinta-feira, 21 de março de 2013

Extermínio do ser



Mentir é receio de dizer as verdades para não assumir as consequências
É fugir da realidade, sublimando o que vai prejudicar as vivências
Descompromete-se da lealdade, nos moldes da crueldade das experiências
Destrói-se, pois, com maldade para fugir da integridade de boas essências

A dificuldade de lidar com graves intensidades da vida
É que evita-se os confrontos das convenções de lida
Não sabe como viver as emoções de profundidade sentida
Engana-se no uso das máscaras de falsidade fingida

Apura-se com as ausências de transparência nas sociais
Fica-se constrangido por situações em exercer os juízos factuais
Sofre consigo mesmo porque há culpa nos axiomas mentais
Vive-se na hipocrisia de agir contrário às lições surreais

Autocompensa-se com dissonante libido em sorriso sensual
Não contempla mais a nuance de colorido do siso pessoal
Esconde-se por demais no tocante metido de friso individual
Torna-se incapaz consoante ao sofrido tempo efemeral

Atemoriza-se pelas constantes dúvidas jamais percebidas
É que agora a mente já está doente e cheia de feridas
E o coração foi atingido pelas chagas de lágrimas distorcidas
Portanto, a alma toda será cauterizada pelas veias escorridas

Mentir é plantar a semente da morte no umbigo da verdade
Germina com pequenos engôdos nos pés da nocividade
Alastra-se no corpo como câncer da inanidade
Expira-se em leito de madeira enviado à infernalidade