domingo, 10 de março de 2013

Exos do sexo



Tarde da noite. Cheguei da balada. Bêbado.
Não é medo. Receio de ser opróbio
Todo dia à tardinha. Saio para festejar. Exato.
É coragem. Avanço em ser sóbrio.

Com amigos, bebo cevada fermentada
Disfarce da alegria fantasiada
Meninice de homem imaturo
Bancando macho, totalmente inseguro

Em casa, degusto da tua fruição melada
É nela que me delicio pela textura asseada
Vinho, champanhe, uísque, caipirinha
Engodos placebos para a saidinha

Êxtasiado pelas manobras voluptosas
Sugando-me pelos lábios com ventosas
Dedos, grunhidos e pernas perigosas
Assanhando-me por ti em gulosas.
Por isso, com cuidado nas cautelosas
Plastificando-me com as saborosas
Apeteço-me sensivel nas lustrosas
Perfeitas para atos nas libidinosas
Em cada movimento, mais valorosas
Amigas, amantes, vaidosas
Melindrosas, pintosas
Gostosas!

Que pena! É o solteiro evangélico
Sublimando o desejo humano
Com confissões em ar angélico
Logrando lideranças do veneno mundano

Dizem que a concupiscência é ademais alienante
Pois os legalistas nem sabem explicar a diferença
Entre eros, agapê, storgei e fileo para o atuante
Quando tudo a porneo reduzem nossa querença
E é na lei divina o achado do praticante
Por sondar nela toda a sua pertença

Não é o casamento que purifica o coito
Não é a fantasia que macula o sexo
Por isso muitos advogam ao afoito
A morrer sem entender o nexo

Há mais prazer em entender
Do que ejacular sem perceber
Que a vida é o sexo
Em meios aos amplexos
Isso não é retrocesso
Nem sucesso!
São aspectos
Dos exos